24 de dez. de 2007

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Richa sobe, Requião desce
Enquete realizada na Boca Maldita, sobre o desempenho de Richa e Requião, confronta resultados da pesquisa Datalfolha

No dia 17 de dezembro, o instituto Datafolha revelou os resultados de uma pesquisa feita para medir a popularidade de prefeitos e governadores brasileiros.


Dentre os prefeitos de nove capitais (Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis, Salvador, Recife e Fortaleza), Beto Richa ficou em primeiro lugar no ranking. De 416 pessoas consultadas em Curitiba, 75% delas consideraram Richa “ótimo/bom”, e 5% disseram que ele era “ruim/péssimo”.

Dentre os governadores de dez estados (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Ceará e Distrito Federal), Roberto Requião ficou em quinto lugar. Foi considerado “ótimo/ bom” por 49% dos entrevistados, enquanto 16% o consideraram “ruim/ péssimo”.

Jornal TiraGosto averigua resultados do Datafolha
Na quinta-feira (20), o Jornal TiraGosto foi ao centro de Curitiba e promoveu a sua própria enquete sobre Richa e Requião. Foram ouvidas dez pessoas que passavam pela Boca Maldita. Elas citaram pontos positivos e negativos do prefeito e do governador e também deram um conceito entre “ótimo”, “bom”, “regular” ou “ruim” para os dois.

Altos e baixos de Beto Richa
A realização de obras viárias como a Linha Verde e os binários foram os aspectos positivos mais lembrados sobre o prefeito Beto Richa, sendo citados por cinco pessoas.

Outros pontos positivos foram: a criação do restaurante popular (construído, vele lembrar, com recursos do Governo Federal em sua maior parte), indicado pelo corretor de imóveis Waldemiro de Jesus, 43 anos; a inauguração de novas escolas, segundo o vigilante Carlos Henrique, 34; e a continuidade do programa Mãe Curitibana, na opinião da dona de casa Caroline, 23.

Deficiências nas áreas de saúde e de segurança pública, assim como excessos de gastos, foram levantados por três pessoas como os principais problemas de Richa.

Como avaliação geral, ele foi considerado um prefeito “ótimo” por cinco entrevistados. Quatro o consideraram “bom” e apenas uma pessoa o considerou “ruim”.

Altos e baixos de Requião
Distribuição de leite a crianças carentes e coragem para enfrentar o Ministério Público foram características positivas lembradas pela advogada Fátima Carneiro, de 49 anos. A reforma de estradas foi outro ponto positivo de Requião, citado por Carlos Henrique.

A briga com as concessionárias pelo fim dos pedágios foi tida como uma virtude por Waldemiro, Fátima e o auxiliar administrativo Ricardo Azanha, 26. Entretanto, outras três pessoas, dentre elas a cabeleireira Juliana Walesko, 21, desaprovaram esse posicionamento de Requião, por considerarem uma falsa promessa.

O estilo truculento do governador – “ditatorial”, nas palavras de Carlos Henrique –, assim como problemas na distribuição de remédios e má administração do porto de Paranaguá também foram citados, por três pessoas, como aspectos negativos.

Como saldo final, Requião foi considerado um governador “ruim” por seis entrevistados. Dois o consideraram “regular” e dois lhe deram os conceitos “bom” e “ótimo”.

Balanço da enquete
A enquete do Jornal TiraGosto confirmou mais uma vez a boa fase de Beto Richa – que em pesquisa anterior do Datafolha também se mostrou vitorioso caso concorresse hoje a uma reeleição à prefeitura.

Outro fato mais uma vez confirmado foi que a popularidade de Roberto Requião, alta em cidades do interior (quase absoluta na cidade de Cerro Azul, por exemplo), está em baixa há um bom tempo em Curitiba. Na eleição passada, a derrota de Requião para Osmar Dias nas urnas da capital já havia provado isso. Quem sabe em 2008, com o investimento do governo previsto em R$ 30 milhões para a sua Secretaria de Comunicação Social, a fama de Requião melhore.


Matéria para o novo Jornal TiraGosto

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