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Propagando Malamud
Em O Barril Mágico, como nas demais obras do autor, o ser humano está sempre diante de alguma provação
Em 2006, a editora Record relançou o romance O Faz-tudo. Este ano foi a vez dos contos de O Barril Mágico, livro até então inédito no país.
“’Vocês já leram O Barril Mágico de Malamud’”?, tenho perguntado a meus amigos. Quando alguns sacodem a cabeça dizendo que não, fico feliz por não me incluir entre eles”, escreveu a autora Jumpa Lahiri, na introdução de O Barril Mágico.
Como não recomendar Bernard Malamud (1914 – 1986)? Apesar de não ser tão conhecido no Brasil, este é sem dúvida um dos maiores escritores da literatura norte-americana e mundial.
A primeira vez que ouvi falar dele foi através de uma citação feita por Jamil Snege em sua autobiografia Como eu se fiz por si mesmo. Depois disso procurei pelo autor e me surpreendi com o que encontrei. Resultado: li um bom tanto de seus livros e passei a divulgá-los sem pudor a todo mundo que conheço.
Esse ano, por exemplo, dei de presente a minha namorada os contos de O Nu despido (Idiots First, 1963) e regalei uma amiga com o romance A Graça de Deus (God´s Grace, 1982). Como eu também merecia um presente, adquiri então O Barril Mágico (The Magic Barrel), obra que foi relançada em 2007 pela editora Record.
Publicado originalmente em 1958, O Barril Mágico foi a primeira coletânea de contos de Malamud, e logo que saiu ganhou o prêmio National Book Award.
Em todos os 13 textos d'O Barril nos deparamos com gente simples, enfrentando as mais diversas provações. É o zelador que não consegue saldar uma dívida, é o jovem escritor à beira da loucura por falta de inspiração, ou o aposentado que luta para não ser despejado.
Além disso, a maioria desses personagens são judeus – Malamud era dessa religião – ou sofredores natos. Na verdade, para Malamud todo homem era judeu, no sentido em que todo homem é um sofredor tal qual esse povo.
A sensibilidade com que Malamud conduz suas histórias, a prosa clara, envolvente, salpicada de humor, são qualidades que você encontrará em O Barril Mágico como em qualquer outra obra do autor.
Filho de imigrantes russos judeus, Bernard Malamud nasceu no bairro do Brooklin, em Nova York, a 26 de abril de 1914. Foi escritor e professor de inglês. Escreveu sete romances, entre eles The Natural (inédito no Brasil, escrito em 1952), O Ajudante (The Assistent, 1957) e Os Inquilinos (The Tenants, 1971), e publicou cinco coletâneas de contos. Retratos de Fidelman (Pictures of Fidelman, 1969) e Rembrandt’s Hat (inédito, 1974), estão entre elas. Ganhou duas vezes o National Book Award por O Barril Mágico e pelo romance O faz-tudo (The Fixer,1966), e uma vez o prêmio Pulitzer por O faz-tudo. Faleceu no dia 18 de março de 1986.
Propagando Malamud
Em O Barril Mágico, como nas demais obras do autor, o ser humano está sempre diante de alguma provação
Em 2006, a editora Record relançou o romance O Faz-tudo. Este ano foi a vez dos contos de O Barril Mágico, livro até então inédito no país.
“’Vocês já leram O Barril Mágico de Malamud’”?, tenho perguntado a meus amigos. Quando alguns sacodem a cabeça dizendo que não, fico feliz por não me incluir entre eles”, escreveu a autora Jumpa Lahiri, na introdução de O Barril Mágico.
Como não recomendar Bernard Malamud (1914 – 1986)? Apesar de não ser tão conhecido no Brasil, este é sem dúvida um dos maiores escritores da literatura norte-americana e mundial.
A primeira vez que ouvi falar dele foi através de uma citação feita por Jamil Snege em sua autobiografia Como eu se fiz por si mesmo. Depois disso procurei pelo autor e me surpreendi com o que encontrei. Resultado: li um bom tanto de seus livros e passei a divulgá-los sem pudor a todo mundo que conheço.
Esse ano, por exemplo, dei de presente a minha namorada os contos de O Nu despido (Idiots First, 1963) e regalei uma amiga com o romance A Graça de Deus (God´s Grace, 1982). Como eu também merecia um presente, adquiri então O Barril Mágico (The Magic Barrel), obra que foi relançada em 2007 pela editora Record.
Publicado originalmente em 1958, O Barril Mágico foi a primeira coletânea de contos de Malamud, e logo que saiu ganhou o prêmio National Book Award.
Em todos os 13 textos d'O Barril nos deparamos com gente simples, enfrentando as mais diversas provações. É o zelador que não consegue saldar uma dívida, é o jovem escritor à beira da loucura por falta de inspiração, ou o aposentado que luta para não ser despejado.
Além disso, a maioria desses personagens são judeus – Malamud era dessa religião – ou sofredores natos. Na verdade, para Malamud todo homem era judeu, no sentido em que todo homem é um sofredor tal qual esse povo.
A sensibilidade com que Malamud conduz suas histórias, a prosa clara, envolvente, salpicada de humor, são qualidades que você encontrará em O Barril Mágico como em qualquer outra obra do autor.
Filho de imigrantes russos judeus, Bernard Malamud nasceu no bairro do Brooklin, em Nova York, a 26 de abril de 1914. Foi escritor e professor de inglês. Escreveu sete romances, entre eles The Natural (inédito no Brasil, escrito em 1952), O Ajudante (The Assistent, 1957) e Os Inquilinos (The Tenants, 1971), e publicou cinco coletâneas de contos. Retratos de Fidelman (Pictures of Fidelman, 1969) e Rembrandt’s Hat (inédito, 1974), estão entre elas. Ganhou duas vezes o National Book Award por O Barril Mágico e pelo romance O faz-tudo (The Fixer,1966), e uma vez o prêmio Pulitzer por O faz-tudo. Faleceu no dia 18 de março de 1986.
Marcadores: Bernard Malamud, Leituras Recentes, Literatura
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