+ Literatura
Um pretexto para falar de Döblin
2007 foi o ano do cinqüentenário de morte do escritor alemão Alfred Döblin
Alfred Döblin (1878 – 1957): um escritor, segundo Günther Grass, “de igual mérito ou maior do que Thomas Mann”.
Como vocês bem sabem, comemorar tantos anos de morte ou até da hipotética vida de um artista - “se Zequinha estivesse vivo, completaria hoje 100 anos...” - é sempre um gancho jornalístico. Idiota, muitas vezes, principalmente quando não se acrescenta nada de novo sobre o falecido.
Portanto, é com uma certa dose de vergonha que farei uso desse combalido artifício neste texto. Mas como não tenho notícia de novas traduções para a obra do escritor alemão Alfred Döblin, nem ouço falar de adaptações de seus livros para o cinema ou teatro, só me resta falar aqui do seu cinqüentenário de morte. No ano que passou, parece que ninguém, no Brasil, lembrou que Döblin faleceu no dia 26 de junho de 1957.
Ao longo de 79 anos de vida, este escritor, médico psiquiatra e intelectual escreveu mais de 30 livros e conquistou a admiração de conterrâneos como Bertolt Brecht, Walter Benjamin, Kurt Tucholsky e Günther Grass. Este último chegou a criar um prêmio literário com o seu nome, o Alfred Döblin Preis, mantido pela Academia de Arte de Berlim.
Traduções escassas
Para aqueles que nunca ouviram falar de Alfred Döblin e talvez depois pretendam procurar por seus livros, é bom que se avise: o que existe de sua obra em português dá para se contar nos dedos.
Resume-se ao ensaio O Romance Histórico e Nós (Der historische Roman und wir), ao conto O Assassinato de um Dente-de-Leão (Die Ermordung einer Butterblume), ao relato autobiográfico Viagem ao Destino (Schicksalsreise) e ao romance Berlim Alexanderplatz, sua principal obra. (Saiba mais sobre esses textos em “Bibliografia disponível em português”).
E não pensem que as traduções de Döblin são escassas só em língua portuguesa. Basta pesquisar na Internet e no catálogo de bibliotecas do Instituto Goethe para se constatar que em outros idiomas, como inglês e espanhol, também o autor é pouco traduzido.
Eis porque estudar alemão, apesar de tarefa hercúlea, tem suas vantagens. Só assim para se conhecer a fundo todo o universo criativo de Alfred Döblin.
*Publicada na Revista Mediação nº10
Um pretexto para falar de Döblin
2007 foi o ano do cinqüentenário de morte do escritor alemão Alfred Döblin
Alfred Döblin (1878 – 1957): um escritor, segundo Günther Grass, “de igual mérito ou maior do que Thomas Mann”.
Como vocês bem sabem, comemorar tantos anos de morte ou até da hipotética vida de um artista - “se Zequinha estivesse vivo, completaria hoje 100 anos...” - é sempre um gancho jornalístico. Idiota, muitas vezes, principalmente quando não se acrescenta nada de novo sobre o falecido.
Portanto, é com uma certa dose de vergonha que farei uso desse combalido artifício neste texto. Mas como não tenho notícia de novas traduções para a obra do escritor alemão Alfred Döblin, nem ouço falar de adaptações de seus livros para o cinema ou teatro, só me resta falar aqui do seu cinqüentenário de morte. No ano que passou, parece que ninguém, no Brasil, lembrou que Döblin faleceu no dia 26 de junho de 1957.
Ao longo de 79 anos de vida, este escritor, médico psiquiatra e intelectual escreveu mais de 30 livros e conquistou a admiração de conterrâneos como Bertolt Brecht, Walter Benjamin, Kurt Tucholsky e Günther Grass. Este último chegou a criar um prêmio literário com o seu nome, o Alfred Döblin Preis, mantido pela Academia de Arte de Berlim.
Traduções escassas
Para aqueles que nunca ouviram falar de Alfred Döblin e talvez depois pretendam procurar por seus livros, é bom que se avise: o que existe de sua obra em português dá para se contar nos dedos.
Resume-se ao ensaio O Romance Histórico e Nós (Der historische Roman und wir), ao conto O Assassinato de um Dente-de-Leão (Die Ermordung einer Butterblume), ao relato autobiográfico Viagem ao Destino (Schicksalsreise) e ao romance Berlim Alexanderplatz, sua principal obra. (Saiba mais sobre esses textos em “Bibliografia disponível em português”).
E não pensem que as traduções de Döblin são escassas só em língua portuguesa. Basta pesquisar na Internet e no catálogo de bibliotecas do Instituto Goethe para se constatar que em outros idiomas, como inglês e espanhol, também o autor é pouco traduzido.
Eis porque estudar alemão, apesar de tarefa hercúlea, tem suas vantagens. Só assim para se conhecer a fundo todo o universo criativo de Alfred Döblin.
*Publicada na Revista Mediação nº10
Marcadores: Alfred Döblin, Francofonia, Literatura, Literatura Alemã
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