+ Música
As clássicas dos irmãos Barnabé
Arrigo Barnabé e Patife Band, grupo de Paulo Barnabé, dividiram o palco do Teatro da Caixa nos últimos dias 6, 7, 8 e 9. Abaixo, a resenha do show que aconteceu no domingo.
Fundindo rock e punk com técnicas da música erudita, a Patife Band abriu o show de domingo, quase fundindo também, com sua sonoridade tão densa e agressiva, alguns tímpanos mais frágeis e desavisados.
Como os da senhora sentada ao meu lado, que de repente me interpelou: “Escute, e o Arrigo? Cadê ele?” Tive de explicar então que aquela era a banda do Paulo Barnabé, o sujeito que está tocando bateria, apontei, e que é irmão do Arrigo. O Arrigo mesmo só vai entrar no palco daqui a pouco, disse a ela.
Insatisfeita, a mulher me confidenciaria: “Essa música está me dando dor de cabeça! Quanto tempo isso ainda vai durar?”, queria saber. “Acho que uns 15 minutos”, arrisquei, ao que ela apenas suspirou e depois cochichou algo com uma colega que estava ao seu lado.
Após algum tempo, inutilmente eu ainda tentaria estimular minha pobre amiga informando que a letra do estranho punk rock que ouvíamos vinha do “Poema em linha reta”, de Fernando Pessoa: “Viu só? Rock também é poesia!” Mas ela tampouco deu a mínima para o meu comentário.
Depois dessa, Arrigo finalmente entrou em cena com seu piano elétrico, ao lado de Paulo Braga, no teclado. Cantou desde músicas mais descontraídas como “Clara Crocodilo”, “Diversões Eletrônicas” e “Orgasmo total” – que arrancaram risos da platéia –, como também proporcionou momentos mais líricos e introspectivos em “Lenda” e “Cidade Oculta”
Nas suas músicas apenas instrumentais, porém, uma parcela do público ficou visivelmente aporrinhada. E dentre a meia dúzia que deixou o teatro antes do término da apresentação, lá estava ela: a senhora impaciente!
Arrigo ainda tocaria uma música junto com a Patife Band e, por fim, foi o grupo de Paulo Barnabé que se encarregou do bis, com “Corredor Polonês”, o último petardo da noite.
As clássicas dos irmãos Barnabé
Arrigo Barnabé e Patife Band, grupo de Paulo Barnabé, dividiram o palco do Teatro da Caixa nos últimos dias 6, 7, 8 e 9. Abaixo, a resenha do show que aconteceu no domingo.
Fundindo rock e punk com técnicas da música erudita, a Patife Band abriu o show de domingo, quase fundindo também, com sua sonoridade tão densa e agressiva, alguns tímpanos mais frágeis e desavisados.
Como os da senhora sentada ao meu lado, que de repente me interpelou: “Escute, e o Arrigo? Cadê ele?” Tive de explicar então que aquela era a banda do Paulo Barnabé, o sujeito que está tocando bateria, apontei, e que é irmão do Arrigo. O Arrigo mesmo só vai entrar no palco daqui a pouco, disse a ela.
Insatisfeita, a mulher me confidenciaria: “Essa música está me dando dor de cabeça! Quanto tempo isso ainda vai durar?”, queria saber. “Acho que uns 15 minutos”, arrisquei, ao que ela apenas suspirou e depois cochichou algo com uma colega que estava ao seu lado.
Após algum tempo, inutilmente eu ainda tentaria estimular minha pobre amiga informando que a letra do estranho punk rock que ouvíamos vinha do “Poema em linha reta”, de Fernando Pessoa: “Viu só? Rock também é poesia!” Mas ela tampouco deu a mínima para o meu comentário.
Depois dessa, Arrigo finalmente entrou em cena com seu piano elétrico, ao lado de Paulo Braga, no teclado. Cantou desde músicas mais descontraídas como “Clara Crocodilo”, “Diversões Eletrônicas” e “Orgasmo total” – que arrancaram risos da platéia –, como também proporcionou momentos mais líricos e introspectivos em “Lenda” e “Cidade Oculta”
Nas suas músicas apenas instrumentais, porém, uma parcela do público ficou visivelmente aporrinhada. E dentre a meia dúzia que deixou o teatro antes do término da apresentação, lá estava ela: a senhora impaciente!
Arrigo ainda tocaria uma música junto com a Patife Band e, por fim, foi o grupo de Paulo Barnabé que se encarregou do bis, com “Corredor Polonês”, o último petardo da noite.
Marcadores: Arrigo Barnabé, Francofonia, Música, Patife Band
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